Consagrado pela crítica especializada como um dos melhores cantores líricos brasileiros da atualidade, o barítono Sebastião Teixeira se apresenta em Campinas no próximo dia 10 de março, quinta-feira, às 20 horas, no palco interno do Teatro “Luis Otávio Burnier”, do Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes (Praça Imprensa Fluminense, s/n, Cambuí, tel. 3232-4168), em recital operístico que terá o acompanhamento do pianista João Moreira Reis. O evento marca o reinício dos “Encontros Musicais”, programação musical que a ABAL Campinas (Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos) mantém ativa há 29 anos na cidade e que registra até agora 1030 concertos líricos efetivados. O objetivo da série é manter viva a arte lírica em Campinas e formar público para o gênero, assim como garantir que os cantores e estudantes de canto tenham um palco para exercitar sua técnica e arte.
O repertório que Sebastião Teixeira e João Moreira Reis oferecerão ao público reúne árias para a voz de barítono das óperas Don Giovanni, Il Barbieri di Siviglia, Faust, Don Pasquale, Pedro Malazarte, I Pagliacci, La Forza del Destino, Colombo e Lo Schiavo, além das peças para piano solo “Dança Negra”, de Camargo Guarnieri, e “Bananeira” e “A Cayumba”, de Antonio Carlos Gomes. As peças são as seguintes: Deh ,vieni alla finestra – D. Giovanni – W.A. Mozart; Largo al Factotum – Il Barbiere di Siviglia – G. Rossini; Avant de quitter ces lieux – Faust – C. Gounod; Bella siccome un’angelo – D. Pasquale – G. Donizzeti; Eu ..eu…sou Malazarte – Pedro Malazarte- Camargo Guarnieri; Dança Negra – Camargo Guarnieri -Piano Solo – João Moreira Reis; Si può…si può – I Pagliacci – R. Leoncavallo; Urna fatale – La Forza del Destino – G. Verdi; Bananeira e A Cayumba, A. Carlos Gomes, Piano Solo – João Moreira Reis; Era un tramonto d’oro- Colombo – A. Carlos Gomes e Sospettano di me – Lo Schiavo – A. Carlos Gomes.
O barítono Sebastião Teixeira foi duas vezes premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA-1985 e 1987) na categoria de melhor cantor erudito e recebeu também o Prêmio Carlos Gomes, em 2001, mesmo ano que foi condecorado com a Medalha da Honra ao Mérito, pelo Collegium Musicum, da Fundação Clóvis Salgado. Em julho de 2010 recebeu da Prefeitura Municipal de Campinas a medalha “Carlos Gomes”. O barítono teve seu primeiro contato com a música através de seu pai, mestre de bandas no Interior de Minas. Iniciou seus estudos de canto lírico em Belo Horizonte com Marcos Thadeu, e Geraldo Chagas e em São Paulo estudou com Carmo Barbosa, Helly-Anne Caram e Luiz Tenaglia e se aperfeiçoa com Isabel Maresca. Interpretou os papéis principais para barítono nas óperas Il Barbiere di Siviglia, La Boheme, Carmen, La Forza del Destino, Tiradentes, Don Pasquale, Madama Butterfly, Cavalleria Rusticana, I Pagliacci, Il Cappello di Paglia di Firenze, Pedro Malazarte, Dido and Eneas, Pelleas et Mélisande, Candide, Les Pêcheurs de Perles, L’Italiana in Algeri, Il Trovatore, Jenufa e Salvator Rosa e os oratórios Réquiem de Fauré e Carmina Burana, entre outras obras. Grande intérprete de Carlos Gomes, cantou o oratório Colombo de Carlos Gomes, gravado pela TV Cultura de São Paulo e Tiradentes, de Manoel Macedo em forma de concerto em
Belo Horizonte e no Theatro Municipal de São Paulo com sucesso de público e crítica. Em 1996, participou das principais homenagens ao compositor Carlos Gomes, cantando Colombo, Fosca e Maria Tudor, em concertos no Memorial da América Latina, Teatro Municipal de Santo André e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Seu repertório abrange mais de trinta títulos, e constam também em seu currículo as grandes performances em ANJO NEGRO (música de João Guilherme Ripper com texto de Nelson Rodrigues), A TEMPESTADE, recente sucesso de público e crítica em São Paulo com música de Ronaldo Miranda bem como recitais nos principais teatros e salas de concerto do Brasil.
Sebastião Teixeira cantou ao lado de artistas como Elena Obraztsova, Leona Mitchell, Lando Bartolini e Arthur Thompson, entre outros. Faz parte do elenco de solistas da Sociedade Brasileira de Ópera e, entre os maestros que o regeram estão Eugene Kohn, Isaac Karabtchevsky, Luiz Fernando Malheiro, Jamil Maluf, John Neschling, Mário Valério Zaccaro, Roberto Tibiriçá, Roberto Minczuk, Túli
o Collaccioppo, Naomi Munakata, Ira Levin, Abel Rocha, Osvaldo Colarusso, Lutero Rodrigues, Aylton Escobar, Flávio Florence, Alessandro Sangiorgi, Lionel Friend, Sérgio Magnani, Silvio Viegas, Guilherme Mannis. Recentemente interpretou o papel-título na ópera “Chagas”, de Sílvio Barbato, em estréia mundial na sala Palestrina do Palazzo Pamphili, sede da embaixada brasileira em Roma.
O pianista João Moreira Reis é natural de Barretos, São Paulo, onde iniciou os estudos musicais e de piano com Janette Bampa. Diplomou-se pelo Conservatório Musical “Carlos Gomes”, em sua cidadenatal, e, posteriormente, concluiu o curso de piano pela Faculdade Paulista de Arte, na capital paulista, tendo estudado com Vera Velloso e André Müller.
Desde 1985, colabora ao piano com cantores eruditos, acrescentando à atividade de solista a de camerista, tendo se apresentado nesses dois campos no Brasil, Alemanha e Itália, em salas como MASP e Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, Estúdio Bennet Kleintje, em Munique/Alemanha, Auditório RAI de Turim, Palazzo Ottolenghi, de Asti, e Academia Européia de Música de Erba, na Itália. Participou de uma gravação para a Europa Rádio de Milão, executando obras para piano solo de Mozart, Granados e Villa-Lobos.Luiz Gonzaga de Oliveira (Brasil), Fábio Luz e Adriana Maimone (Itália) são nomes que influenciaram seu aperfeiçoamento.
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