terça-feira, 17 de setembro de 2013

Alunos de música da USP estão sem aulas práticas desde abril



Alunos do curso de música da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) já estão sem aulas em algumas disciplinas desde abril. Faltam professores substitutos para cinco instrumentos de sopro e de cordas.

A situação afeta 37 alunos, do total de 150, diz o departamento de música e a FFCLRP, faculdade conhecida como Filô, ao qual está subordinado o curso. O pedido para mais docentes foi feito em 2012 e neste ano, mas ainda não houve resposta da reitoria, segundo a Filô.

Alguns estudantes cogitam pedir transferência do curso. A situação mais grave é para flauta transversal. Sem professor, o curso chegou a ter aulas, de forma improvisada, de fevereiro até abril. Desde então, não há aulas.

Para trompete, desde agosto não há professor. E no primeiro semestre a lacuna foi parcialmente resolvida com um docente de outra universidade --as aulas, porém, não eram semanais.

Havia duas professoras para violino, viola de arco e contrabaixo (acústico) até o final de agosto, mas o contrato não foi renovado. Desde então, não há aulas.

A falta de docentes ocorre há anos, diz o aluno Rodrigo Antônio Silva, 19, representante discente do conselho do departamento de música. "No ano passado, ficou quase o ano todo sem aulas para violino e flauta e seis meses para os de violoncelo."

Otávio Negda, 18, aluno de viola de arco, reclama da falta de informação. "Ninguém dá resposta. Tenho amigos que querem transferência."
O curso de música de Ribeirão conta com 12 docentes, todos doutores, sendo apenas um titular do cargo.

OUTRO LADO

Segundo o diretor da Filô, Fernando Mantelatto, desde 2011, quando o curso foi incorporado pela faculdade, a direção da Filô e o departamento de música "têm se empenhado para completar o quadro docente".

O diretor disse ter pedido em maio a renovação do contrato das docentes de violino e contrabaixo. "Mas a demanda é grande junto à reitoria".

Ele disse também esperar resposta nos casos de flauta e trompete. Há dificuldade, segundo o diretor ainda, de achar candidatos qualificados nos testes para docente.


Procurada, a reitoria não respondeu sobre a falta de docentes nem sobre os pedidos. Em nota, informou apenas que foram concedidos ao curso de música sete cargos desde 2005.

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