terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sinfonietta Belo Horizonte

A capital se prepara para receber no período de 26 a 28 de novembro a Sinfonietta Belo Horizonte. A orquestra, que faz sua estreia na cidade, chega com uma proposta diferenciada com destaque para a execução de peças de compositores locais e do repertório da Música Barroca Europeia e da Música Colonial Brasileira. Três espaços diferentes receberão esta primeira temporada, com horários diurnos. No dia 26, será no Auditório da Escola de Música da UEMG. Os dias seguintes serão no Espaço 104 e Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes. Uma oportunidade única de conhecer a grande riqueza dos mestres da música barroca e também de autores mineiros, através de uma orquestra vibrante, com sonoridade e técnica ímpares, em um repertório leve e empolgante. A entrada é gratuita, mas é preciso a retirada de senha no local uma hora antes do início do concerto.
 Constituída por 15 músicos de diversas nacionalidades, a Sinfonietta reúne, de forma harmônica, as diversidades culturais em um tom afinado. O programa tem como base peças do período barroco, que geralmente não são exploradas nos concertos tradicionais. “Existe um grande repertório de excelente qualidade que nunca é tocado. As orquestras tendem a optar pelo que sempre é tocado, ou seja: Beethoven, Mozart, Brahms, Mahler, Ravel , entre outros compositores, quase todos do séc. XIX. Esse repertório é, de fato, belíssimo, porém existe muito mais coisa boa para ser apresentada. A proposta da Sinfonietta é cobrir essa lacuna”, conta Ronaldo Cadeu, Diretor Musical e Regente. Além da riqueza barroca, haverá a estreia de uma peça escrita por Cadeu “O Anjo da História, Op.13”, uma peça em estilo neo-barroco que tem a flauta doce como solista frente à orquestra de cordas. A peça foi construída usando técnicas de composição como a micro-polifonia, reorganização métrica e clusters harmônicos.
 Nasce uma Orquestra - Ronaldo Cadeu, que é Ph. D. em Composição Musical e Regência Orquestral pela Universidade do Estado da Louisiana, Estados Unidos, além de sempre ter sido apaixonado pela música, em especial a música dos mestres do barroco europeu e os compositores da tradição do barroco mineiro, construiu uma trajetória internacional marcada por inúmeras premiações e atuações de peso. Suas peças já foram tocadas por várias orquestras no Brasil e no exterior, destacando-se a apresentação de sua Sinfonia no. 2 na sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro em 2005; a estreia de sua “Serenata para violão e cordas, Op. 8,” pela Louisiana Sinfonietta em 2010; em Janeiro de 2012, a estreia de seu ballet “Crime e Castigo, op. 10” pela Orquestra Sinfônica da Universidade do Estado da Louisiana. Durante seus muitos anos de estudos, Ronaldo percebeu que existiam algumas demandas culturais, até então não atendidas pelas orquestras tradicionais. Essa percepção virou livro, publicado nos Estados Unidos sob o título “The Louisiana Sinfonietta: A New Orchestral Model,” daí surgiu a ideia de constituir em Belo Horizonte uma orquestra diferente em repertório, com horários de apresentações flexíveis e em locais inusitados: a Sinfonietta Belo Horizonte. Os concertos apresentam peças dos repertórios Barroco e Galante europeu, compositores da Música Colonial Brasileira, compositores locais, peças dos séculos XX e XXI. Os convidados são solistas em atividade em Belo Horizonte, tais como professores das escolas superiores de música da cidade e músicos de orquestras que, apesar de sua inegável qualidade artística e técnica, dificilmente são convidados a se apresentarem como solistas frente às orquestras nacionais. A proposta da agenda da Sinfonietta Belo Horizonte é realizar concertos em horários diurnos, nos fins de semana, em teatros, parques ou espaços culturais fora da região Centro/Sul da cidade.
 A Sinfonietta Belo Horizonte é uma orquestra de altíssimo nível, formada por músicos de diversas nacionalidades, que atuam regularmente em Belo Horizonte. Pode-se dizer que é a primeira vez que uma orquestra de tal nível técnico no Brasil se propõe a tocar peças do repertório da música Brasileira, seja colonial ou do século XIX e também peças do barroco europeu com apreço pelo estilo que muitos chamam de “música histórica.” Diretamente inspirada no modelo de administração orquestral da Louisiana Sinfonietta, da cidade de Baton Rouge, EUA, dirigida pelo notabilíssimo compositor grego Dinos Constantinides, a Sinfonietta Belo Horizonte se faz como uma conquista cultural para o público que se interessa, em especial, pelos repertórios barroco e contemporâneo e também como mais um espaço para os talentosíssimos músicos locais se apresentarem.
Serviço:
 Apresentações:
 Dia: 26 de novembro de 2011 (sábado)
 Horário: 17h
 Local: Auditório da Escola de Música da UEMG
 Endereço: Rua Riachuelo, 1321 – Padre Eustáquio – Belo Horizonte
 Dia: 27 de novembro de 2011 (domingo)
 Horário: 16h
 Local: Espaço 104
 Endereço: Praça Ruy Barbosa, 104 – Centro – Belo Horizonte
 Dia: 28 de novembro de 2011 (segunda-feira)
 Horário: 20h
 Local: Sala Juvenal Dias (Palácio das Artes)
 Endereço: Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte
 Entrada gratuita – Os ingressos/senhas deverão ser retirados no local uma hora antes das apresentações.

Programa
 Abertura da ópera L’Olimpiade
 Antônio Vivaldi (1678 – 1741)
Concerto Grosso Op. 6, no. 4 em Re maior
 Arcangelo Corelli (1653 – 1713)
Concerto Grosso Op. 6, no. 7 em Si bemol maior
 Georg Friedrich Händel (1685 – 1759)
Quadrilhas: A Opulenta
 João Francisco da Matta (18?? – 1909)
 O Anjo da História, Op. 13 (estreia mundial)
 Ronaldo Cadeu (n. 1977)
Concerto de Brandenburgo no. 4, BWV 1049
 Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
 Bojana Pantovic, violino;
 Lúcia Melo, flauta doce;
 Eduardo Ribeiro, flauta doce

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